Em tempo de pandemia e isolamento, precisamos estar atentos(as) a quem depositamos nossa esperança para não nos distanciarmos dos nossos propósitos que nos mantêm firmes, mesmo diante de um vendaval de informações , independentemente, se são fictícias ou não , mas que em nosso âmago nos amedrontam e nos deixam ansiosos(as). O novo nos causa medo, podemos até dizer que ele é um parente próximo da ansiedade. Lidar com esses dois sentimentos é um grande desafio, em especial quando passamos por experiências que, ouso dizer, jamais teríamos imaginado vivenciar algum dia: isolados(as) em nosso lar sem poder nos aproximar mais de perto das pessoas que amamos ou nutrimos um carinho especial para evitar nos contaminar ou mesmo contaminarmos. Quanto medo!! Afinal de contas é nessa hora que o nosso instinto de sobrevivência grita. O medo é um sentimento universal. Todos nós sentimos. Necessário para a nossa proteção e perpetuação da espécie. Em frente ao perigo o nosso corpo se prepara por ser planejado para nos salvar. A reação do medo dito como normal é lutar ou fugir. Quanto a ansiedade ela é inerente ao ser humano e, também, necessária para a nossa proteção. Ela contribui para um melhor desempenho em tarefas difíceis. Porém, em excesso ao invés de nos ajudar poderá contribuir para agravar uma enfermidade ou levar o corpo a adoecer: aumento da pressão arterial, doenças cardíacas, pânico... Sabemos a algum tempo que a ansiedade é um mal do século. Recebemos um bombardeio de informações em milésimos de segundos. Apesar de algumas vezes nos considerarmos um gigante em tecnologia, somos um pigmeu no que tange as nossas emoções. Não sabemos o que fazer com tantas informações e muito menos se elas são ou não “fakes news”. Temos a ilusão de quanto mais buscarmos informações mais poderemos controlar o que nos causa medo. Não queremos nos contaminar com o novo corona vírus( COVID-19), mas precisamos ligar a luz amarela, ao desenvolvermos algumas atitudes, para não adoecermos emocionalmente: depressão, TOC, fobia social.. É fato que o conhecimento dá poder, mas se faz necessário aprendermos a lidar com as notícias para não ficarmos perdidos(as) sem saber qual decisão tomar e, contrariamente, enfraquecermo-nos. Procurar identificar o que nos causa medo e ansiedade, como também o tipo de informe que nos chega, mesmo que aparentemente seja considerado ingênuo, será importante para mantermos a qualidade de vida. Todavia, se não soubermos ou tivermos dúvida, que nada mais é um sinal de inteligência, precisaremos pedir ajuda, ser humildes para que possamos mudar e desenvolver outras atitudes perante os acontecimentos que ocorrem em nosso entorno. Mesmo nesse momento de isolamento, recomendado pela OMS por causa da pandemia do COVID-19, não podemos esquecer que nós nascemos para estarmos em grupo, interagindo e socializando. É assim que crescemos e desenvolvemos. Podemos até estarmos isolados fisicamente, mas não socialmente, porque precisamos estabelecer contato. Acessar outra pessoa sempre que for necessário. O uso da tecnologia ao nosso favor poderá nos ajudar a revisitar os nossos afetos, procurar manter contato com pessoas que nos fazem bem e nos traga leveza diante do isolamento, solidarizar-se com outrem, ressignificar nossas relações interpessoais, mudar hábitos, desenvolver a paciência, a tolerância, o bom humor e entender que sentir tristeza, raiva, revolta, desânimo, medo e ansiedade são reações normais em face de estarmos, neste momento, vivenciando uma situação anormal. Entretanto, não devemos somente acessar pessoas para mantermos o contato social, mas também profissionais da saúde para nos ajudar a identificar e montar estratégias que tenham a ver com a nossa realidade para lidarmos com todo esse vendaval de mensagens carregadas de muita negatividade, tragédia e desespero que só contribui para aumentar o medo e a ansiedade e em nada nos ajuda para cuidar da nossa saúde emocional. Atualmente, existem vários profissionais da saúde atendendo via on-line, inclusive o(a) profissional da Psicologia, que tem a tarefa importante na sociedade para cuidar do sofrimento psíquico e da saúde mental. Enfim, diante do cenário da pandemia e do isolamento precisamos buscar ajuda, algum apoio para nos mantermos firmes e fortes em meio a um vendaval. Alicerçar a esperança e confiança seja em nós mesmos, na humanidade ou em um poder superior que nos sustenta, dá sabedoria, discernimento, força, coragem para enfrentar os ventos fortes e nos indicar o caminho a percorrer.
top of page
Psicóloga. Responsável Técnica
Desde 1986 na área da psicologia clínica, Fatima Marques é Especialista no diagnóstico e tratamento de desordens psicossomáticas (doenças de fundo emocional), com excelência no manejo e remissão da ansiedade, depressão e comorbidades. Fatima Marques é Membro efetivo da APA - American Psychological Association - Division 17: Society of Counseling Psychology, and APS - American Psychological Society. É professora e palestrante internacional.
◄
1 / 1
►
Please reload
Psicóloga. Responsável Técnica
Desde 1986 na área da psicologia clínica, Fatima Marques é Especialista no diagnóstico e tratamento de desordens psicossomáticas (doenças de fundo emocional), com excelência no manejo e remissão da ansiedade, depressão e comorbidades. Fatima Marques é Membro efetivo da APA - American Psychological Association - Division 17: Society of Counseling Psychology, and APS - American Psychological Society. É professora e palestrante internacional.
◄
1 / 1
►
Please reload
bottom of page
Comments